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Terra Calada X Terra em Vigília

Posted on 29/6/13

A história da tentativa de silenciamento do povo Tupinambá começou com a chegada dos europeus. A partir deste momento, e durante centenas de anos, foram desenvolvidas e utilizadas diversas estratégias para tentar calar os indígenas e moldá-los à imagem e semelhança dos Europeus. Este processo se intensificou com a chegada dos coronéis do cacau, que cercaram os campos e impuseram aos indígenas um regime de trabalho praticamente escravo, roubando as terras que ainda se encontravam em posse de indígenas e tentando reduzir suas vidas, através do medo, a uma mera cópia, empobrecida e subordinada, deles próprios coronéis. Durante muitos anos os Tupinambá foram obrigados a permaneceram calados para sobreviver. Até pouco tempo atrás, nas terras de Olivença, era impossível afirmar-se indígena sem sofrer graves consequências.

Mas essa voz, que tentaram calar, permaneceu entranhada na terra. Os Tupinambá são como sementes que após uma queimada maligna ficaram por debaixo daquele campo seco que antes era uma mata intensa. Sufocadas pelas cinzas, não tinham as condições para brotar. Mas, com o tempo, a terra transformou as cinzas em adubo, produzindo o momento oportuno para que as sementes abrissem novamente seu próprio caminho e pudessem respirar. A mata ressurge, entoando mais uma vez a vida na terra.

O povo Tupinambá nunca morreu, ele estava dormindo durante um tempo mas agora acordou

Hoje, Tupinambá broca as mordaças, e a terra antes calada se encontra em estado de vigília. Terra que zela pelos seus, terra desperta e atenta, terra que amanhece na luta. Terra em vigília contra terra calada.

 

 

 
 

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